Open Finance: Saiba tudo sobre o futuro das finanças integradas

November 1, 2024
5
min de leitura
Roberta Rocha
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O conceito de Open Finance vem ganhando destaque no cenário financeiro brasileiro, promovendo uma revolução na forma como os serviços financeiros são oferecidos e consumidos. 

No centro dessa inovação, está a ideia de compartilhar dados de forma segura e transparente entre diferentes instituições financeiras, permitindo uma experiência mais integrada e personalizada para os usuários.

O Sistema Financeiro Aberto, mais conhecido como Open Finance, foi desenvolvido pelo Banco Central, em uma iniciativa que busca realizar o cruzamento de dados entre instituições bancárias distintas. Essa tecnologia promete revolucionar o gerenciamento financeiro de maneira segura para a população. 

Com inúmeros benefícios, a modalidade visa garantir autonomia aos usuários, além de prezar pela segurança de dados

Continue a leitura e conheça mais a respeito do Open Finance e como ele pode ser útil no seu dia a dia.

O que é Open Finance? 

O Open Finance surge para dar aos clientes uma alternativa inédita: os usuários terão 100% de aproveitamento dos seus dados bancários. O sistema possibilita o compartilhamento de dados entre uma instituição e outra. Para isso, não é necessário que o cliente possua contas em diversas instituições. 

Resumidamente, o Open Finance é a abertura dos sistemas financeiros entre as instituições que participam da modalidade.

Clique e confira a lista de instituições participantes do ecossistema Open Finance.

O poder que antes era centralizado nos bancos, fica na mão do cliente. Ele escolhe com qual organização compartilhar, quais serão as informações e por quanto tempo. Tudo isso é feito gratuitamente e com a segurança promovida pelo Banco Central.

O que o sistema promove é a automação do compartilhamento de dados, de forma simples, rápida e segura.

A modalidade não abrange apenas os bancos, é possível utilizar a abertura de finanças com fundos de previdência, casas de câmbio e corretoras de seguros.

Isso auxilia essas instituições financeiras na criação de serviços e produtos cada vez mais adequados ao consumidor moderno. 

O que tornou tudo isso possível foram as tecnologias de Interface de programação de aplicativos, conhecidas como APIs. Esse modelo tecnológico permite que vários sistemas operacionais se comuniquem entre si. 

Alguns especialistas dizem que os dados são o novo petróleo, comparando seu poder e influência à importância do petróleo no mercado global. Isso destaca que um dos principais impulsos para a iniciativa do Banco Central foi justamente a valorização dos dados. 

Ao dar ao cidadão controle sobre suas próprias informações, a instituição busca promover a autonomia financeira, permitindo que ele tome decisões mais informadas e vantajosas.

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Qual a diferença entre Open Finance e Open Banking? 

A principal diferença entre os sistemas é que enquanto o Open Banking se concentra no compartilhamento de dados bancários, o Open Finance visa incluir todas as informações financeiras disponíveis do cliente. 

Ou seja, o Open Finance é uma expansão do Open Banking. 

Quais os benefícios de aderir ao Open Finance? 

  • Serviços financeiros de maior qualidade: O Open Finance abre um leque de possibilidades aos consumidores, aumentando assim, a concorrência entre as instituições. Essa competição entre as organizações é de grande benefício para o cliente final, pois ele obtém menores taxas, melhores atendimentos e serviços com maior qualidade. 
  • Empoderamento do consumidor: Dando aos consumidores o poder de compartilhar seus dados com facilidade, o cliente não precisa estar vinculado a uma instituição por cartões de crédito ou expectativas de empréstimos. O Open Finance promove a liberdade ao consumidor para escolher o serviço e a instituição que mais o favoreça, sem perder os dados bancários de outras corporações.
  • Promove segurança: O Banco Central desenvolveu o Open Finance, e o Brasil hoje lidera o uso do sistema, por isso, usando a lei geral de proteção de dados (LGPD), que tem como  objetivo acabar com o uso de dados pessoais sem autorização, o Banco Central maximiza a segurança de quem utiliza a modalidade. São utilizadas também: a autenticação em dois fatores, que garantem que apenas usuários autorizados tenham acesso a conta e a criptografia de dados, que criptografam repetidamente as informações recebidas, dificultando que utilizadores não autorizados acessem a conta. 
  • Facilidade de Acesso: Para pequenas e médias empresas, a modalidade pode facilitar o acesso a crédito e outros serviços financeiros, contribuindo para o crescimento e sustentabilidade dos negócios.

Desafios e futuro do Open Finance

É possível observar que o Open Finance tem o potencial de revolucionar o setor financeiro, proporcionando maior transparência, personalização e acesso a serviços. No entanto, essa transformação não vem sem desafios. Existem algumas barreiras que precisam ser superadas para que o sistema alcance seu pleno potencial no futuro. Entre elas, estão:

Comunicação objetiva entre as instituições

Você provavelmente nunca ouviu falar no termo, mas a chamada interoperabilidade é a capacidade de diversos sistemas e organizações trabalharem em conjunto, entre diferentes sistemas e plataformas. E é um desafio técnico significativo. 

Para que o sistema funcione de forma eficaz, as instituições financeiras e as fintechs precisam se comunicar de maneira fluida. Isso envolve o uso de APIs padronizadas e a adoção de protocolos comuns, o que pode ser um obstáculo para a integração entre diferentes sistemas. 

Adoção do Consumidor

A aceitação do Open Finance por parte dos consumidores é outro desafio crucial. Muitos ainda podem estar desconfiados em relação ao compartilhamento de seus dados financeiros, temendo por sua privacidade e segurança. 

A educação do consumidor é essencial para esclarecer os benefícios do Sistema Financeiro Aberto e promover a confiança nesse novo modelo. Existem vários aspectos que garantem a segurança do sistema, entre elas, destacamos: 

  • Consentimento do Cliente: O cliente é quem decide quais informações deseja compartilhar, com quais instituições e por quanto tempo. Esse controle aumenta a segurança e a transparência do processo.
  • Criptografia de Dados: Os dados no Open Finance são criptografados e protegidos durante todo o compartilhamento. Isso significa que, mesmo se interceptados, os dados não podem ser acessados sem a chave de decriptação.
  • Normas de Segurança e Conformidade: No Brasil, todas as instituições participantes devem seguir normas rigorosas estabelecidas pelo Banco Central. Além de práticas de segurança cibernética e conformidade com leis como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que protege a privacidade e o uso dos dados.
  • Autenticação e Controle de Acesso: O sistema exige autenticação forte, como a autenticação de dois fatores (2FA), para garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso aos dados.
  • Monitoramento Contínuo: As plataformas de Open Finance têm sistemas de monitoramento contínuo para identificar e prevenir atividades suspeitas ou não autorizadas, garantindo a proteção contra fraudes.

Lembrando que: As instituições participantes e as práticas de segurança digital dos próprios usuários garantem a segurança do sistema. Ao seguir esses protocolos e ter consciência dos seus direitos, o cliente pode se beneficiar das vantagens do Open Finance com segurança.

Logo, podemos concluir que o sistema tem obstáculos significativos pela frente, contudo, o futuro da modalidade é extremamente promissor, com potencial para transformar profundamente o setor financeiro ao oferecer mais autonomia e personalização para pessoas e empresas. 

À medida que a tecnologia e as regulamentações avançam, a expectativa é que o Open Finance vá além do compartilhamento de dados financeiros básicos, tornando-se uma plataforma integrada para gerenciar todas as áreas da vida financeira dos usuários.

Conheça o Conciliador Open Finance

O Nibo Conciliador Open Finance transforma a forma como os contadores recebem e conciliam extratos bancários de seus clientes, automatizando o processo com tecnologia Open Finance. 

Conectando-se a mais de 20 instituições bancárias, ele traz as movimentações financeiras dos clientes de maneira automática, eliminando a necessidade de cobranças de extratos e digitação manual. Com isso, o contador pode realizar a conciliação bancária em segundos, reduzindo erros e aumentando a produtividade. 

Além disso, o Nibo Conciliador integra-se com mais de 50 sistemas contábeis, exportando todos os dados necessários de forma segura e eficiente, permitindo que contadores expandam suas carteiras de clientes sem aumentar sua equipe.

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